"Agora prevê-se que a procura mundial aumente em cerca de seis milhões de barris diários" em relação ao ano passado, quando registou uma queda de 9,48 milhões de barris por dia (quase 10%), indicou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no seu relatório mensal.
A maior recuperação, depois do recuo de 2020 causado pela crise pandémica, é esperada na segunda metade do ano.
Dos 95,09 milhões de barris por dia no atual trimestre, a procura deve subir para 97,75 milhões no terceiro trimestre e para 99,45 milhões no quarto trimestre, segundo os peritos da organização.
A revisão em alta é atribuída a "uma recuperação económica mais forte do que o previsto", baseada na possibilidade de "a maioria da população das economias avançadas estar vacinada e de a pandemia não representar um obstáculo importante para as economias emergentes e em desenvolvimento".
"Além disso é esperada uma aceleração do crescimento económico mundial, com um aumento do consumo depois da poupança forçada das famílias durante os confinamentos", especialmente na China e nos Estados Unidos, refere o relatório.
Espera-se ainda que os programas de estímulos fiscais fomentem o crescimento da indústria e de infraestruturas e também um aumento da procura de produtos agrícolas.
Apesar da melhoria das perspetivas, o consumo de crude não deve regressar tão depressa aos níveis de 2019, assinala o relatório.