O relatório da The Economist Intelligence Unit prevê que a maioria da população adulta nas economias avançadas terá sido vacinada até meados de 2022.
Para os países de rendimento médio, este período prolongar-se-á até finais de 2022 ou princípios de 2023, enquanto para as economias mais pobres, a imunização em massa levará até 2024, se chegar mesmo a acontecer.
Nesta última fase, encontram-se a generalidade dos países africanos, incluindo os lusófonos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, bem como Timor-Leste.
No continente africano, a exceção é a África do Sul, que segundo o relatório, deverá ter a generalidade dos seus cerca de 58 milhões de habitantes vacinados até meados de 2022.
Marrocos, Egito, Quénia, Etiópia e o Gabão deverão atingir essa meta em finais de 2022.
A The Economist Intelligence Unit classifica como "inquietantes" as perspetivas de vacinação para as economias em desenvolvimento, apontando que alguns países de rendimento médio e a maioria dos de baixo rendimento contam com a COVAX, uma iniciativa liderada pela Organização Mundial de Saúde, que visa assegurar 6 mil milhões de doses de vacinas para os países mais pobres.
Os primeiros 2 mil milhões de vacinas serão dados em 2021, com prioridade para os profissionais de saúde, mas as doses fornecidas pela COVAX cobrirão apenas até 20% da população de cada país.
O estudo estima, no entanto, que os fornecimentos de vacinas venham a sofrer atrasos e a acontecer a um ritmo mais lento do que o inicialmente previsto, sobretudo se os atrasos na produção e entrega para os países mais ricos se agravarem.
C/Lusa