O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, aumentou hoje o salário mínimo nacional em 64%, para 1.307.646 bolívares, o equivalente a 30 euros.
Maduro fez o anúncio durante um discurso através da rede social Facebook, acompanhado pelo vice-presidente do executivo, Tareck el Aissami.
Segundo o Presidente, a partir de hoje aplica-se um aumento de 58% no salário mínimo dos trabalhadores, recebido por cerca de quatro milhões de venezuelanos, que passará de 248.510 para 392.646 bolívares, cerca de 8,9 euros. A este valor soma-se o subsídio de alimentação mensal obrigatório, que passa de 549 mil para 915 mil bolívares, ou seja, 21 euros.
Na Venezuela, o salário mínimo é constituido pela remuneração base (neste caso 8,9 euros) e pelo subsídio de alimentação (21 euros). Assim, as duas componentes fazem com que o salário mínimo passe para 1.307.646 bolívares, representando um acréscimo de 64%.
Os valores têm em consideração a única taxa oficial de câmbio, em que um dólar americano custa 35.280 bolívares, avança a agência Efe.
Este é o segundo aumento do salário mínimo este ano, depois de a 1 de janeiro ter sido decretado uma subida de 40%.
Maduro anunciou ainda dois novos abonos de 700 mil bolívares que serão entregues a cinco milhões de mulheres no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher e no final do mês, na semana Santa, a mais oito milhões de venezuelanos.
O chefe de Estado venezuelano espera que este mês todas as pessoas em idade de receber uma pensão sejam cobertas por esta prestação, que tem o valor de 549.700 bolívares (cerca de 12,2 euros mensais).
Em 2017, o governante aumentou o salário mínimo sete vezes, o último em 31 de dezembro, o que significou um acréscimo total de 250% face a 2016.
Na Venezuela, um café custa cerca de 2,5 euros e um litro de azeite cerca de 70 euros.
LUSA