A Madeira terá a partir de julho, a via verde do medicamento para fármacos com pouca prescrição, numa colaboração com a Associação Nacional de Farmácias (ANF), anunciou hoje o responsável regional pela Saúde.
"Ficámos contentes com a possibilidade de nós implementarmos, a nível da região, a via verde do medicamento", afirmou o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, no final de uma reunião que manteve com a ANF.
Segundo o responsável, este "será um dos primeiros passos para que um determinado grupo de medicamentos possa, de facto, ter outro tipo de comportamento na região".
Pedro Ramos frisou ainda que fica aberta a possibilidade de a própria ANF localizar, no segundo semestre deste ano, na Madeira, "um armazém que servirá de retaguarda e de cobertura para este tipo de situações".
Esta situação acontece porque, de acordo com o responsável, há "alguns grossistas na região que enfrentam dificuldades de distribuição de alguns fármacos", sendo que a partir de julho vão beneficiar desta nova cooperação com a ANF que "já se verifica no espaço nacional".
Para Pedro Ramos, esta é a forma de colmatar a rotura de alguns medicamentos que "são pouco prescritos" para que, "no mínimo espaço de tempo", sejam "rapidamente disponibilizados para determinado tipo de situações", disse.
Por seu lado, Paulo Duarte, da ANF, ressalvou o nível de prescrição eletrónica atingido na Madeira, que chega "aos mais de 72%".
A via verde do medicamento é um sistema com uma plataforma gerida e controlada pelo Infarmed (autoridade nacional do medicamento), através do qual os intervenientes do circuito – indústria, distribuidores e farmácias – assegurarão a disponibilidade de um medicamento, sempre que este não tiver grandes disponibilidades no mercado.
Lusa