A Madeira vai dispor de quatro unidades no âmbito do sistema de vigilância e controlo costeiro nacional, o que representa um investimento de 1,5 milhões de euros, anunciou esta terça-feira o Ministro da Administração Interna.
“O que iniciamos aqui é um projeto de investimento que tem um custo previsto de 1,5 ME que visa alargar este sistema de vigilância e contorço costeiro”, declarou Eduardo Cabrita no âmbito da visita que efetuou ontem à Madeira.
O governante considerou que este equipamento “é fundamental para a prevenção da segurança, do controlo de fronteiras externa da União, controlo aduaneiro, controlo de imigração ilegal e deteção de embarcações em dificuldades”, que será alargado à Madeira.
O responsável visitou o Posto de Observação Móvel do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC) da Guarda Nacional Republicana na freguesia do Caniçal, no concelho de Machico, anunciando que passará a ter natureza fixa.
Eduardo Cabrita referiu que esta unidade está em funcionamento desde o início deste ano, sendo objetivo do Governo “instalar quatro unidades que permitam verificar todas as embarcações entre o extremo da ilha da Madeira e Porto Santo”.
Também indicou que as outras unidades previstas serão instaladas “uma no comando do Funchal, outra na Calheta e uma terceira no Porto Santo” e “ficarão ligadas à rede nacional de controlo costeiro”.
“Numa outra fase começaremos a programar o alargamento aos Açores, que ainda não é coberto por este sistema europeu de controlo costeiro”, anunciou.
O responsável vincou que a visita àquele local pretendeu “acompanhar duas das valências mais importantes que correspondem a um esforço nacional de afirmação de responsabilidades que se exercem em todo o território nacional e também na Região Autónoma da Madeira”.
Eduardo Cabrita destacou ainda a importância do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, uma unidade especializada na busca e salvamento que atua nas zonas montanhosas, nomeadamente nas levadas (cursos de água da Madeira), e está preparada para intervenção no continente, em incêndios florestais.
Mencionou que esta unidade é composta por 11 elementos e está instalada no concelho Machico.
“O país fez um grande esforço este ano, respondendo a necessidades de prioridade na área da proteção e socorro, passou em seis meses de 500 para cerca de 1.050 efetivos no GIPS”, referiu.
Eduardo Cabrita mencionou igualmente que este ano, até ao momento, se verificaram “9.000 ocorrências naquelas em que GIPS intervêm no ataque inicial e ampliado [incêndios]”.
No programa desta deslocação, o ministro da Administração Interna também participou na sessão comemorativa dos 140 anos do Comando Regional da Madeira da PSP, visitou o comando territorial da GNR, o posto fiscal da Zona Franca e o Núcleo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da mesma força e o Serviço Regional de Proteção Civil.
LUSA