Em comunicado, o conselho de administração do Sesaram refere que a partilha de informação por parte do Ministério da Saúde ocorrerá na quinta-feira.
O Serviço Regional de Saúde indica também que a vacinação até 01 ano da idade vai ser retomada na quinta-feira e pede ainda “cautela aos utentes que possam ser contactados por números desconhecidos com perguntas sobre dados pessoais”
“Pede-se a maior atenção já que o Sesaram não faz este tipo de questões telefonicamente”, sublinha.
O Serviço Regional de Saúde recorda que o ataque informático de que foi alvo no domingo está a ser investigado pelas entidades competentes e reitera o apelo “para que aos utentes que se desloquem às unidades de saúde, por diferentes motivos, se façam acompanhar de toda a informação clínica de que disponham”, como relatórios de exames, análises clínicas, medicação ou notas de alta.
"Em caso de uso das aplicações móveis do SNS [Serviço Nacional de Saúde], solicita-se que seja disponibilizado ao médico o registo móvel, facilitando desta forma a prescrição de medicamentos habituais”, acrescenta.
A Ordem dos Médicos da Madeira manifestou hoje preocupação com o impacto do ataque informático ao Sesaram na atividade clínica prestada aos utentes, indicando que tem recebido declarações de escusa de responsabilidade.
Em comunicado, o Conselho Médico da Ordem dos Médicos da Madeira especificou que “tem recebido declarações de escusa de responsabilidade por parte de médicos do Sesaram, pelos acidentes ou incidentes que possam verificar-se em resultado de falha de meios informáticos de registo médico”.
Na terça-feira, o Sesaram informou que o serviço estava a funcionar, embora mantendo ainda “limitações na realização de algumas consultas, na realização de exames e análises clínicas não urgentes”.
Na segunda-feira, o Serviço de Cibersegurança do Governo Regional adiantou que o tempo de recuperação do ciberataque, sinalizado às 08:11 de domingo e que provocou uma “disfunção na rede informática”, será prolongado e apelou aos utentes para tomarem cuidados redobrados no acesso à informação.
“Não conseguimos, nesta fase, dar um prazo expectável, mas não é algo que se resolva num dia”, disse Nuno Perry, do Serviço de Cibersegurança do executivo madeirense.
Lusa