O objetivo é que nesse prazo sejam administradas já as duas doses a todas as pessoas incluídas no processo, declarou o secretário da Saúde e Proteção Civil da Madeira, numa entrevista por videoconferência à agência Lusa.
Pedro Ramos salientou que a Madeira adquiriu duas arcas ultracongeladoras que permitem o armazenamento entre os -70 a -80 graus, estando capacitadas para “receber todas as doses de vacina para a população da Madeira”.
Está prevista a sua administração em 206 mil habitantes (a região tem cerca de 267 mil residentes), “porque não se vacina antes dos 18 anos, nem as grávidas”, já que os estudos não são suficientes para incluir estes grupos.
O responsável recordou que o plano de vacinação contra a covid-19 na Madeira foi apresentado em 22 de dezembro e que a primeira tranche (9.750 doses) chegou à região às 01:00 do dia 31 de dezembro, começando a ser administradas pelas 10:00.
“Nesta primeira fase são os profissionais de saúde e dos lares, área de urgência no sistema convencionado, proteção civil e a população com mais de 50 anos com comorbilidades”, indicou o médico.
Apesar de os profissionais de saúde da “linha da frente” serem o grupo prioritário, num inquérito ‘online’ lançado pelo Serviço Regional de Saúde (SESARAM) “5% responderam que não querem ser vacinados”, um número que o responsável espera que “vá reduzindo” com o tempo.
“Porque a vacina é segura, eficaz, mas é grátis e facultativa”, sublinhou.
Pedro Ramos explicou que “a Madeira recebe as vacinas em proporção demográfica, que é cerca de 2,5% sempre que Portugal recebe tranches”.
Depois desta primeira tranche, a região prevê receber em 01 de fevereiro mais tês caixas, com 14.625 doses (a somar à primeira tranche), “o que significa que da Pfizer são 25.000 doses de vacinas, o que vai permitir vacinar 12.500 pessoas, grosso modo”.
O médico mencionou que Portugal também adquiriu vacinas da Moderna e da AstraZeneca, às quais comprou a maior quantidade, sete milhões de doses, de que a Madeira também vai beneficiar.
C/LUSA