“Apesar de sabermos que o ar na Região Autónoma da Madeira é de muito boa qualidade, também sabemos que quando o vento está de leste traz pequenas partículas em suspensão que podem causar alergias e podem ser prejudiciais à saúde humana”, disse a secretária do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Susana Prada.
A governante falava na assinatura de um acordo de cooperação entre a Secretaria Regional e a Universidade da Madeira, no Funchal, no âmbito de um projeto para o estudo da composição química e biológica das partículas em suspensão no ar.
“Os resultados vão ser publicados na página da Direção Regional do Ambiente e eventualmente vamos juntar os dados ao boletim meteorológico, que é divulgado nos meios de comunicação social, para que as pessoas se previnam”, disse Susana Prada.
A secretária regional explicou que a meta é analisar em concreto as partículas PM2,5 (com um diâmetro inferior a 2,5 micrómetros) e PM10 (com um diâmetro inferior a 10 micrómetros).
“O objetivo é essencialmente a saúde pública”, declarou, reforçando: “Pretendemos caracterizar as partículas que podem ser prejudiciais em termos de alergias e em termos de doenças pulmonares para que as pessoas se previnam quando o tempo está de modo a transportar essas partículas”.
Susana Prada sublinhou, por outro lado, que os indicadores disponíveis apontam para a “boa qualidade” do ar no arquipélago da Madeira e referiu, como exemplo, um estudo sobre as partículas PM2,5 e PM10 efetuado em mais de 300 cidades europeias, no qual o Funchal surge em terceiro lugar com melhor resultado, ao passo que Lisboa ocupa a centésima posição.
O protocolo entre a Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas e a Universidade da Madeira decorre também no âmbito do Dia Nacional do Ar, que se assinala na terça-feira, 12 de abril.
Lusa