O Governo da Madeira mostrou hoje ao executivo das Canárias disponibilidade para enviar meios da região para ajudar a combater os incêndios de grande dimensão naquele arquipélago, informou o gabinete do presidente Miguel Albuquerque.
Na nota distribuída, a Quinta Vigia informa que o gabinete do presidente do executivo madeirense “entrou em contacto esta manhã” com o seu homólogo das Canárias, Ángel Víctor Torres, “manifestando a sua solidariedade” devido aos fogos florestais que afetam aquele território espanhol.
O chefe do Governo da Madeira “deu conta da disponibilidade desta região autónoma para, caso seja entendido como útil e necessário, fazer deslocar meios para ajuda ao combate aos incêndios que lavram em Grã Canária”.
“A região está em condições de poder projetar, de imediato, uma força de 30 operacionais nas valências de emergência pré-hospitalar e de combate a incêndios, a fim de se integrarem nas operações em curso”, adianta a nota, referindo que Miguel Albuquerque apenas aguarda a solicitação do Governo de Canárias “para que os referidos recursos sejam ativados”.
Um incêndio florestal que lavra desde sábado em Valleseco, na ilha espanhola Grã Canária, obrigou à retirada de quatro mil pessoas de 40 localidades, informou o presidente do Governo das Ilhas Canárias.
"É uma situação tremendamente complicada", afirmou, citado pela agência noticiosa Efe, Ángel Víctor Torres, acrescentando que o objetivo é salvaguardar, acima de tudo, a segurança das pessoas.
Os desalojados estão a ser encaminhados para polidesportivos, tendo o Governo das Canárias solicitado à Cruz Vermelha 400 a 600 camas.
O chefe do executivo disse que pediu ajuda ao Governo central, que irá enviar mais meios aéreos para combater as chamas.
O fogo é já considerado "um desastre" ambiental, tendo entrado no Parque Natural de Tamadaba, uma das joias ecológicas da Grã Canária.
No combate ao incêndio, que está longe de estar dominado, estão envolvidos centenas de bombeiros e dez meios aéreos. Onze estradas tiveram de ser cortadas ao trânsito.
Os difíceis acessos nalgumas zonas, as altas temperaturas e a baixa humidade estão a dificultar as operações.
C/ LUSA