"Julgo que até ao final deste ano este tipo de transporte será estendido à Região Autónoma da Madeira, estando apenas dependente de novos mecanismos organizacionais do INEM, que já aceitou que o poderá fazer, mas que necessita, de facto, de apurar a sua logística para concretizar este objetivo", afirmou.
Pedro Ramos referiu à Lusa que este transporte já é realizado na Madeira, com a diferença de que em breve será possível deixar de recorrer aos "profissionais que sejam necessários para acompanhar as crianças numa determinada situação e que têm de se deslocar ao continente, acompanhando o doente".
Recentemente, o coordenador médico responsável pelo transporte inter-hospitalar (TIP) pediátrico Sul, Francisco Abecasis, afirmou que estava a ser trabalhada uma "solução juntamente com o INEM, os Açores e a Madeira" para que o sistema de transporte possa ser alargado, num serviço que permitiu reduzir a taxa de "morbilidade e mortalidade neste tipo de situações críticas" que afetam desde recém-nascidos prematuros a jovens até 18 anos.
O problema que se coloca, sendo a Madeira uma região ultraperiférica, é a questão do transporte de avião para o continente, que assim passará a ser gerido pelo INEM.
Pedro Ramos reconheceu que já em 2017 a Madeira teve problemas com o transporte de doentes em aviões da companhia aérea TAP, "devido à configuração de novas aeronaves, em que o transporte pediátrico não se consegue realizar".
"É preciso avisar com alguma antecedência, no que diz respeito ao transporte de doentes adultos e isso é possível fazer retirando algumas cadeiras das aeronaves mas, em relação ao transporte pediátrico e às suas incubadoras, é totalmente impossível e esse transporte tem de ser feito através dos aviões de transporte de urgência, que, no futuro, será feito através do INEM", explicou.
LUSA