O mapa do ECDC combina as taxas de notificação de casos de covid-19 nos últimos 14 dias, o número de testes realizados e o total de positivos, e é atualizado semanalmente, à quinta-feira.
Na atualização hoje divulgada, Portugal continental e Madeira surgem na pior categoria de todas neste sistema de semáforos, a vermelho-escuro, que é referente a regiões onde o SARS-CoV-2, que causa a covid-19, circula a níveis muito elevados.
Nesta categoria vermelho-escuro, que significa que a taxa cumulativa de notificação de casos de covid-19 nos últimos 14 dias é igual ou superior a 500 por cada 100 mil habitantes, estão inseridas grande parte das regiões europeias, numa altura em que a variante Ómicron do SARS-CoV-2 se propaga a um ritmo intenso e em que há um elevado ressurgimento das infeções.
Os Açores são, assim, exceção, ao surgirem no mapa de hoje do ECDC na categoria laranja, de risco moderado para a covid-19, que é referente a regiões em que, segundo os critérios da agência: a taxa de notificação de 14 dias é inferior a 50 e a taxa de positividade do teste for 4% ou mais ou a taxa de notificação de 14 dias é igual ou superior a 50 e inferior a 75 e a taxa de positividade do teste é igual ou superior a 1% ou ainda que a taxa de notificação de 14 dias está entre 75 e 200 e a taxa de positividade do teste é inferior a 4%.
Este mapa da agência europeia segue um sistema de semáforos sobre a propagação da covid-19 na UE, a começar no verde (situação favorável), passando pelo laranja, vermelho e vermelho escuro (situação muito perigosa).
Serve de auxílio aos Estados-membros sobre as restrições a aplicar às viagens no espaço comunitário.
A covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.823 pessoas e foram contabilizados 1.242.545 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.