"É uma obra que vai demorar seis meses e com um custo de 1,6 milhões de euros", anunciou a secretária regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, durante uma visita a uma destas casas, situada no Poiso, nas serras altas do concelho de Santa Cruz.
Em virtude da sua localização, os postos florestais (construídos, maioritariamente, em meados do século passado) e as torres de vigilância (com uma idade média de 25 anos) foram sujeitos, ao longo dos anos, a condições meteorológicas adversas que aceleraram a sua degradação.
"As casas que vão ser intervencionadas têm 70 anos e nunca mais tinham sido alvo de intervenção nem de recuperação, nem de melhorias, e estavam num estado de degradação avançada", explicou.
As obras deverão estar concluídas até ao final do ano.
O corpo da PF da Madeira é composto por 78 elementos, que se distribuem por estes 12 postos florestais ao longo de toda a ilha.
Os postos são usados pelos elementos da PF, diariamente, servindo para pernoitar quando assim é necessário e para no local serem feitas as refeições. No atual período de vigência do Plano Operacional de Combate aos Incêndios Florestais, os guardas permanecem nos locais 24 horas por dia.
"Além desta recuperação, nós já entregámos ao corpo de Polícia Florestal os coletes antibala e equipamentos individuais de proteção para poderem intervir no primeiro combate a um incêndio florestal", disse.
Para Avelino Câmara, polícia florestal há 27 anos, o anúncio das obras equivale à concretização de um sonho.
"Já há muito tempo que a PF aspirava a que os postos fossem alvo de uma intervenção porque já não tinham condições de habitabilidade", disse.