O Governo Regional da Madeira vai estabelecer acordos com diversos países sem representação consular na região para "facilitar e agilizar" a emissão de documentos para as respetivas comunidades residentes no arquipélago, informou hoje o executivo.
"Procuramos acolher bem todos os que nos visitam e ainda melhor aqueles que decidem cá viver e desenvolver as suas atividades", disse, no Funchal, o secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, durante a assinatura do primeiro acordo, com Cabo Verde.
O apoio à emissão de documentos será prestado através do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), um organismo do Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações.
"Este é o primeiro protocolo que assinamos com essa intenção e vem demonstrar o interesse das entidades regionais em relação aos que procuram a região para desenvolver suas atividades", realçou Jorge Carvalho, vincando que o objetivo é facilitar a integração das comunidades na região e, simultaneamente, promover a sua ligação ao país de origem.
A comunidade cabo-verdiana residente na Região Autónoma da Madeira está estimada em 150 pessoas, sendo que a maioria se estabeleceu no decurso dos anos 1980 e está "perfeitamente integrada".
O ministro plenipotenciário da Embaixada da República de Cabo Verde em Portugal, Jorge Gonçalves, que participou na cerimónia em representação do embaixador, salientou, por seu lado, que os cabo-verdianos estão "muito bem integrados" não apenas na Madeira, como em todo o país.
Jorge Gonçalves manifestou o "reconhecimento profundo" de Cabo Verde perante a disponibilidade da região para prestar apoio à comunidade residente e garantiu que serão feitas "visitas periódicas" de funcionários da Embaixada à Madeira para facilitar a emissão de documentos que exigem a recolha de dados biométricos.
"Cabo Verde pretende atribuir importância na sua justa medida àqueles que por variadas razões tiveram de escolher outro país para viver", sublinhou.
c/LUSA