“Perante a situação de abandono dos passageiros pela TAP, devido aos cancelamentos de vários voos entre a Madeira e o território nacional, o Governo Regional da Madeira – através do vice-presidente (Pedro Calado), no exercício da Presidência – enviou, hoje, uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques,” sobre esta situação, informa uma nota do executivo regional.
A nota adianta que na carta enviada para os responsáveis do Governo nacional, o executivo madeirense manifesta o seu “protesto pela forma repetida e continuada com que esta companhia aérea tem vindo, desde março, a cancelar diversos voos de e para o Aeroporto da Madeira”.
No mesmo ofício, o executivo madeirense solicita “a intervenção do Governo da República, de modo a que sejam tomadas as medidas que a gravidade da situação exige, evitando-se o acumular de danos avultados aos madeirenses e porto-santenses e, bem assim, à economia regional”.
O vice-presidente aponta que se registaram mais de 70 cancelamentos de viagens em apenas três meses, que afetaram 9.500 passageiros, tendo a transportadora justificado a situação com “razões de ordem operacional”.
No entender de Pedro Calado, “os sucessivos cancelamentos revelam-se um abuso sistemático que é contrário ao bem comum, na medida em que lesa os portugueses e, de modo particular, a Madeira e o Porto Santo, os seus cidadãos e a sua economia”.
Esta carta foi enviada com conhecimento do Presidente da República, do Representante da República para a Madeira e do Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, menciona a mesma nota.
Pedro Calado destaca que estas situações ”dramáticas” nos aeroportos têm sido reportadas diariamente ao Governo Regional, atingindo “grupos de jovens, alunos, atletas, mas também inúmeras famílias, muitas delas com crianças ao seu cuidado, e que não mereceram da parte da companhia da bandeira nacional o acompanhamento e o cuidado que a lei expressamente prevê para estas circunstâncias”.
LUSA