O governante madeirense realçou que “65% do território terrestre deste arquipélago tem qualquer tipo de proteção”, acrescentando que o mesmo acontece a “75% da área marítima até às 12 milhas que é protegida”.
O chefe do executivo insular destacou que, “recentemente, a região tomou a decisão de criar a reserva de cetáceos, com quase 6.000 quilómetros”.
Miguel Albuquerque argumentou que, depois dos recursos humanos, a plataforma marítima continental de Portugal, é a segunda maior riqueza do país, apontando que, quando o processo ficar concluído, deve abranger 3,8 milhões de quilómetros quadrados, sendo “uma das maiores do mundo”.
O governante regional defendeu que é preciso apostar na salvaguarda das zonas reservadas, sustentando que “é tempo de a União Europeia começar a apoiar os esforços que as regiões ultraperiféricas têm feito, nomeadamente a Madeira, no sentido de garantir proteção efetiva de todas estas áreas que são um património único e natural”.
“Não basta declarar, fazer grandes proclamações. É fundamental que as regiões sejam dotadas de meios financeiros e logísticos por parte da União Europeia”, reforçou.
No entender de Albuquerque, “é preciso a União Europeia entender que a salvaguarda deste património tem custos e obriga a dispêndios por parte do erário publico das regiões”, devendo, por isso, atribuir “apoios efetivos para melhorar a eficácia destas áreas”.
O presidente do Governo Regional ainda destacou que a Madeira foi “pioneira no processo de conservação da natureza”, com o caso das Ilhas Selvagens a serem consideradas, “quase ao mesmo tempo que o Gerês, na década de 70”, como área de reserva natural.
“Todo o processo de proteção e acompanhamento do Parque Natural da Madeira foi de vanguarda”, declarou, elogiando o trabalho desenvolvido pelos vigilantes da natureza, que “fizeram da sua vida uma missão de salvaguardar e proteger áreas protegidas”, em condições muito “rudimentares”.
Hoje contam com outros meios e o apoio da Polícia Marítima, sobretudo “contra as incursões clandestinas de pesca, que tem dado o seu contributo na proteção daquela ecossistema que é singular e único”.
O governante insular ainda afirmou que o objetivo é “aperfeiçoar o processo de salvaguarda do território das Ilhas Selvagens”.
“Estamos a tomar algumas medidas, uma é proibição das armadilhas nas Ilhas Desertas para proteger as crias dos lobos marinhos”, realçou, argumentando que é uma forma de “aumentar a população desta espécie”.
Também mencionou que o executivo tem “uma proposta, que vai equacionar, de aumentar zona de proteção das Ilhas Selvagens”.
C/Lusa