O 45.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vai decorrer na Madeira, entre 14 a 17 de novembro, sob o tema "Turismo: Opções Estratégicas" e o seu presidente espera um recorde de participantes.
"Vamos fazê-lo também com os amigos certos, a Associação de Promoção da Madeira. Temos feito nos últimos anos um trabalho notável (…), temos dinamizando o mercado interno de uma maneira que os números não conseguem desmentir e estamos muito satisfeitos por em cima de todo esse trabalho podermos com os nossos amigos poder fazer este congresso na Madeira" e desta forma tentar alavancar ainda mais o destino.
O presidente da APAVT lembrou que as reuniões anuais dos agentes de viagens com o setor "estão a bater recordes sucessivos de representatividade e de participação há três ou quatro anos consecutivamente".
"Não apenas este é o 45.º congresso, como estamos numa dinâmica que, julgo eu, vai continuar", afirmou.
Pedro Costa Ferreira disse ainda considerar que este congresso se vai realiza "num momento único, em que se intercetam três importantes realidades".
A primeira é "uma atmosfera de final de ciclo. Quem esteve no último congresso sabe que a APAVT foi a primeira a falar em final de ciclo [de crescimento do Turismo a dois dígitos], um assunto nada polémico, nada desagradável, os ciclos são os ciclos, sempre achámos que era mais importante o modo como saíamos do ciclo e o modo como íamos à procura do novo ciclo do que termos uma quebra de ciclo. Mas, não tendo sido polémica, foi uma ideia muito pouco falada porque no nosso país não se pode falar do que quer que seja sem ser para se elogiar, apoiar e, às vezes, para esconder. A verdade é que estávamos em final de ciclo e um ano depois todas as entrevistas do grandes ‘players’ nacionais e internacionais que estão em Portugal falam que quebrámos um ciclo", sublinhou o responsável.
Em segundo lugar, Costa Ferreira aponta "uma série de desafios tremendos", como a questão das questões aeroportuárias. "Não é só o aeroporto de Lisboa. O do Funchal tem particularidades difíceis de vencer, o do Algarve tem especificidades que também temos que encontrar soluções e nos Açores também temos uma realidade de transporte aéreo que não é a oitava maravilha do mundo, embora a região dos Açores o seja", afirmou.
Há ainda, para o presidente da APAVT, "um problema de recursos humanos" no setor, bem como "um problema de qualidade de serviço" nalgumas atividades turísticas. "Houve algumas que souberam melhor aumentar o preço do que melhor aumentar a qualidade e isso hoje está-se a sentir. Temos problemas de mobilidade turística nas grandes cidades, temos a necessidade de pôr mais território no turismo, temos a necessidade de integrar mais cultura no turismo, etc, etc", acrescentou.
"Finalmente, terceira realidade, estamos num momento de mudança de legislatura, o que é sempre uma oportunidade fantástica de voltarmos à casa de partida sem ideias preconcebidas e de voltarmos a olhar para o futuro sem esses efeitos perversos", afirmou.
Assim, e "por todas estas razões", para a APAVT o tema do congresso este ano "só podia ser ‘Turismo: Opções Estratégicas’".
"No final trata-se de corresponder à extrema dificuldade que sobre os nossos ombros recaem, que é o de representar o universo das agências de viagens e com isso uma vez mais liderar a discussão ao olharmos para o todo", concluiu o presidente da APAVT.
Esta é a quinta vez que a Madeira vai receber o congresso nacional da APAVT.
C/Lusa