A opinião foi salientada por Ireneu Barreto depois de destacar a “capacidade única da comunidade madeirense” na reação às adversidades, de que foi exemplo o acidente com um autocarro, na freguesia do Caniço, no concelho de Santa Cruz, que provocou a morte de 29 turistas, no passado mês de abril.
O juiz conselheiro salientou que o CINM é “uma instituição que dá garantias de rigoroso controlo, com um papel fundamental de geração de receitas fiscais e criação de emprego nesta região ultraperiférica, e que é necessário enquanto tal defender”.
“Não podemos permitir que a incerteza e a instabilidade ponham em causa este projeto fundamental para a Região e para o País”, sublinhou.
O representante também defendeu que os madeirenses devem estar “unidos” na luta pela “defesa do princípio da continuidade territorial, tantas vezes esquecido” nas ligações aéreas.
Ireneu Barreto mencionou igualmente que foi desencadeado o processo para alteração do Estatuto Político-Administrativo da Madeira, opinando ser “importante que a autonomia político-legislativa se consolide e progrida, para bem das populações madeirenses e porto-santenses e do país e que tal se concretize através daquela revisão”.
O responsável indicou ainda que “este é um ano em que o exercício da democracia e a autonomia político-legislativa, conquistados há mais de 40 anos, serão particularmente sentidos pela população” do arquipélago, com a realização de mais duas eleições.
O representante deixou uma palavra aos emigrantes na Venezuela que enfrentam uma conjuntura de crise e falou da “situação preocupante” da comunidade de madeirenses residente no Reino Unido devido ao Brexit, defendendo que os seus direitos devem ser salvaguardados.
Sobre o 10 de Junho, Ireneu Barreto argumentou que “esta é uma data simbólica, do mais profundo da identidade nacional de oito séculos”, considerando que o “significado deste dia pede-nos mais”, porque estes “tempos são de desafios, que exigem respostas diversas” e exigem uma “reflexão” sobre o futuro.
O 10 de Junho foi assinalado na Madeira com a cerimónia de imposição de insígnias honoríficas ao bispo emérito do Funchal, António Carrilho, que recebeu o Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D.Henrique, e a Carmo Mervill Araújo, uma voluntária de várias causas sociais, destacando o seu trabalho no Núcleo Regional da Madeira da Liga Portuguesa contra o Cancro a quem o Presidente da República atribuiu o Grau de Oficial da Ordem do Mérito.
A Orquestra Clássica da Madeira e a Associação Recreio União da Mocidade foram agraciadas com o título de Membro Honorário da Ordem de Mérito.
Antes desta cerimónia decorreu uma deposição de flores no monumento ao Emigrante, na marginal do Funchal, que contou com a presença de diversas entidades, entre as quais, os presidentes da Assembleia Legislativa e do Governo Regional da Madeira, além da vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal e entidades militares.
LUSA