Pedro Ramos falava na cerimónia de receção dos 67 novos enfermeiros do Serviço de Saúde da Madeira para a área hospitalar e dos cuidados de saúde primários, considerando que estes profissionais representam “um número importante que permite ultrapassar a meta dos 400 prometidos na última legislatura, dos 1.300 profissionais contratualizados pelo Serviço Regional de Saúde (SESRAM)” em várias áreas.
O governante destacou o facto de estes enfermeiros terem “concorrido para o serviço público de saúde”, algo que a região “tem defendido com unhas e dentes”.
“A vossa disponibilidade para virem trabalhar no SESARAM revela, e sentimos, que estamos a criar um serviço de saúde sólido, sério, responsável, honesto, competente e solidário”, sublinhou.
O também médico salientou que este serviço tem como missão “tratar e cuidar de pessoas, o que é uma grande responsabilidade”, que tem de ser suportada pela disponibilidade de equipamentos, meios e tecnologias.
Pedro Ramos realçou que o serviço tem registado um “progresso imenso” na área dos cuidados de saúde primários, hospitalares e paliativos, admitindo que “nem tudo é perfeito”.
Relativamente aos grandes desafios referiu a “redução das listas de espera, acabar com as altas problemáticas, fazer uma contínua aposta nos cuidados primários, planificar e reorganizar de forma diferente, e os cuidados continuados darem a resposta necessária para o envelhecimento”.
O governante disse que os próximos cinco anos serão de grandes desafios, colocados com o novo hospital, apontando que haverá “uma aposta numa nova governança clínica, um novo modelo clínico de serviços”, visto que a nova unidade tem “menos camas, tem outros objetivos”.
Pedro Ramos enunciou que terá “menos internamentos”, havendo uma aposta no hospital de dia, na hospitalização domiciliária”, anunciando que esta é “ uma realidade que vai começar já este ano” a ser implementada.
A aposta na cirurgia de ambulatório, uma maior concentração de recursos, vai permitir que o serviço “funcione melhor, tenha melhor gestão” e que os profissionais “além de serem mais rápidos e eficazes, sejam mais eficientes”, vincou.
O secretário madeirense ainda enfatizou que nos próximos anos haverá uma aposta na “formação e diferenciação”, para que a investigação possa contribuir em três áreas consideradas fundamentais: conduções de trabalho dos profissionais, índices de satisfação dos utentes e sustentabilidade, eficiência e gestão do SRS.
“Temos de fazer mais investimento na saúde”, sustentou, mencionando a situação das novas doenças e das terapêuticas inovadoras.
O responsável notou o “crescimento assinalável que a saúde teve na região nos últimos 43 anos”, permitidos pelo processo autonómico, afirmando que a região “vai continuar a se desenvolver, porque a saúde é uma área de exigência da população, que é mais exigente e participativa das redes sociais”.
O governante apelou aos 67 novos enfermeiros para que “sejam inovadores, empreendedores e participativos” na melhoria dos cuidados de saúde prestados na região.