“Nós temos vindo a preparar [a região] para uma pandemia”, declarou Pedro Ramos, numa entrevista por videoconferência, salientando que quando a Madeira lançou, em 27 de janeiro de 2020, a linha de emergência sobre a covid-19, “ainda na altura se dizia que este vírus era capaz de não chegar a Portugal”.
O plano de resposta à doença, sublinhou, foi lançado em 03 de fevereiro, pouco antes da declaração do estado de pandemia a nível mundial (11 de março) e do estado de alerta pela primeira vez em Portugal e na Madeira (12 de março).
A Madeira implementou o controlo de temperatura e o inquérito epidemiológico nos aeroportos da região, encerrou escolas, portos e marinas, proibiu visitas aos lares e determinou a suspensão de mobilidade dos profissionais dos vários setores da saúde e da área social.
“As direções técnicas foram sempre pensando, de acordo com o evoluir da pandemia, a necessidade que devíamos ter em termos de recursos e equipamentos, de áreas físicas nas várias unidades de saúde da região, que não comprometesse o funcionamento dos doentes não-covid”, disse.
Por isso, adiantou, “houve medidas implementadas ao longo do tempo”, como a contratação de “mais 400 profissionais das várias áreas” no setor da saúde, aumentando o seu universo de 5.526 elementos para 5.900, o que veio “aumentar a capacidade de resposta” do Serviço Regional de Saúde.
Em termos de recursos humanos, indicou, a Madeira tem “mais de 2.000 enfermeiros, 1.100 médicos, quase 400 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, quase 2.000 assistentes operacionais, 200 assistentes técnicos, sem esquecer os técnicos superiores de saúde, [como] psicólogos, nutricionistas, ao nível do laboratório, e apoio de suspeitos e tratamento dos doentes covid”.