Tal como no resto do país, o primeiro ano civil completo vivido em pandemia, na Madeira, registou um decréscimo nos números totais da criminalidade
O índices de criminalidade geral na Região, em 2020, foram os mais baixos dos últimos 15 anos, pelo menos.
Segundo os dados do Relatório Anual de Segurança Interna nacional, registaram-se no ano passado 6.039 crimes, o valor mais baixo desde 2016, o primeiro ano de referência no relatório.
Em relação à criminalidade violenta, só 2016 apresentou menos casos do que os 217 verificados no ano passado.
O decréscimo segue a tendência nacional, e deve-se, em muito, à circunstância de vivermos uma pandemia.
Na tipificação dos crimes participados, a maioria dos casos no capítulo da criminalidade geral, estão na categoria de outros danos.
Nos que estão identificados no relatório, o furto em veículo motorizado é o mais reportado, com 194 casos, menos 1,5% do que em 2019.
Mas com menos um caso, surge a condução sem habilitação legal, que subiu 21,4% em relação ao ano anterior.
Na Criminalidade violenta, o roubo por esticão continua no noto da tabela, com 37 casos, apesar da descida acentuada de 22,9% face a 2019.
Tal como na criminalidade geral, também o segundo maior motivo de participações por criminalidade violenta, subiu face a 2019.
Falamos da ofensa à integridade física voluntária grave, que subiu 38,5% no ano passado, com 18 casos.
Ainda assim, o dado que mais se destaca é a subida em 77,8% no roubo a residência, precisamente num ano em que as pessoas estiveram menos tempo fora de casa.
Em termos de distribuição geográfica, o Funchal lidera, destacado, o ranking dos concelhos com maior índices de criminalidade, com quase 2.890 casos, sendo o único na categoria de maior incidência.
Seguem-se num degrau abaixo, Câmara de Lobos, Santa Cruz e Machico, respetivamente, enquanto que todos os outros concelhos estão na categoria de menor incidência, com o Porto Moniz a ser o apresenta o menos número de casos.