Os valores agora divulgados, que tiveram por base os indicadores de pobreza, privação material e intensidade laboral reduzida – e integram o inquérito às Condições de Vida e Rendimento das Famílias, apontam que as pessoas em risco de pobreza ou exclusão social atingem nos Açores 89 mil pessoas e na Madeira 81 mil pessoas.
Os dados do INE revelam que a Região Autónoma dos Açores registou em 2017 a maior taxa de risco de pobreza do país, com 31,6%, um valor "bastante superior” à referência nacional.
Verifica-se que a Madeira com 27.5% segue-se aos Açores, sendo que o rendimento mediano foi “significativamente mais elevado” na Área Metropolitana de Lisboa e “mais baixo nas regiões autónomas”.
As proporções de pessoas com menos de 60 anos que viviam em situação de intensidade laboral per capita muito reduzida eram mais elevadas nas regiões autónomas dos Açores (11.8%) e Madeira (10,4%).
Foi também em ambas as regiões insulares que a taxa de privação material severa foi mais elevada, registando 12,0% nos Açores e 9,4% na Madeira.
Com base nos indicadores de 2017 referentes a pobreza, privação material e intensidade laboral reduzida, o risco de pobreza ou exclusão social era “bastante mais elevado” nas regiões autónomas dos Açores (36,4%) e da Madeira (31,9%).
O INE revela ainda que em termos de rendimentos monetários líquidos equivalentes, os Açores registaram um valor de 37,9% em 2017, superior em 5,8 pontos percentuais ao nacional.