“A distinção permite reforçar o posicionamento da Madeira como um destino turístico com enfoque no desenvolvimento sustentável”, disse o secretário madeirense com a tutela, Eduardo Jesus, à agência Lusa.
O governante destacou que esta certificação por uma entidade mundial “vem reconhecer e validar todo o trabalho desenvolvido pelo destino ao longo das últimas décadas na defesa de um território mais sustentável a nível ambiental, cultural, social e económico, comunicando segurança, confiança, e um compromisso sério e transparente para com a sustentabilidade”.
Segundo o responsável, é “da maior importância a região receber esta certificação”, porque “dá resposta à preocupação dos consumidores” e “terá efeitos não só para os que visitam, mas também para aqueles que vivem na Madeira”.
“A sustentabilidade é uma obrigação que ganha mais valor em função da capacidade de antecipação de práticas que nos possam distinguir de outros destinos”, sublinhou.
Este reconhecimento, realçou, confere uma “maior credibilidade ao destino”, ampliando o acesso a mercados turísticos que valorizam a sustentabilidade.
“É um passo relevante na afirmação da Madeira enquanto um ‘must-visit’ [destino de visita obrigatória] ao nível global, baseado no desenvolvimento sustentável do território e no envolvimento de toda a comunidade local”, enfatizou.
O processo de certificação foi desenvolvido pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura da Madeira, através da Direção do Turismo, e começou no final de julho de 2021.
Contou com a assessoria do IPDT – Turismo e Consultoria, sendo a EarthCheck a entidade certificadora, acreditada pelo Global Sustainable Tourism Council (Conselho Global de Turismo Sustentável) e responsável pela realização da auditoria ao destino, concretizada em dezembro de 2022.
A região obteve “o primeiro nível do selo Prata”.
Para esta distinção contribuíram vários intervenientes locais, divididos em grupos de trabalho, que integram a Estrutura de Gestão de Sustentabilidade do Destino, e um conjunto alargado de entidades, como direções regionais, institutos, representantes das autarquias, associações e organizações não-governamentais.
O processo envolveu a recolha de dados e evidências para responder aos requisitos do padrão normativo da EarthCheck.
Eduardo Jesus considera que “a sustentabilidade é uma jornada, um processo de melhoria contínua, pelo que, todos os anos, a região mostrará, na sua auditoria anual, o progresso e evolução nesta caminhada e comprometimento para com os quatro pilares da sustentabilidade: económico, ambiental, cultural e social”.
Num prazo de cinco anos, a Madeira poderá receber um nível superior de certificação da EarthCheck: o Ouro.
“Para tal necessita continuar com a sua jornada sustentável, privilegiando a preservação dos seus recursos naturais, envolvendo toda a comunidade local, cumprindo as medidas que se comprometeu no Plano de Ação 2022 a 2030, e implementar novas ações que possam tornar a Madeira um destino cada vez mais sustentável”, reforçou.