No mesmo dia em que a polícia inglesa em simultâneo com a alemã revelaram ter identificado como suspeito um cidadão alemão de 43 anos, atualmente detido na Alemanha e que à data do desaparecimento da criança inglesa vivia no Algarve, a secção de Portimão do Departamento de Investigação e Ação Penal de Faro informou que a investigação em curso “tem-se desenvolvido com a cooperação das autoridades inglesas e alemãs”.
No âmbito do inquérito estão a ser “realizadas todas as diligências que se revelem pertinentes” e adequadas para apurar as circunstâncias que rodearam o desaparecimento da criança.
O sub-comissário adjunto da Metropolitan Police, Stuart Cundy, disse hoje que o suspeito passou a interessar aos investigadores na sequência de um apelo público em 2017, no âmbito do 10.º aniversário do desaparecimento de Maddie.
“O nome deste homem era conhecido da nossa investigação. Não vou dar detalhes sobre como era conhecido, mas já era conhecido antes de recebermos informação nova em 2017. Desde então temos continuado a trabalhar de forma muito próxima com colegas em Portugal e na Alemanha”, afirmou.
Entretanto, a Polícia Criminal alemã, confirmou em comunicado, estar a investigar um cidadão acusado de vários crimes de abuso sexual de menores, pelo desaparecimento de Madeleine McCann.
O homem terá vivido "mais ou menos permanentemente no Algarve durante períodos entre 1995 e 2007, inclusive por alguns anos numa casa entre Lagos e a Praia da Luz" e desempenhado vários trabalhos.
"Durante esse período, exerceu vários biscates na área de Lagos, entre outros, na restauração. Há também indícios que ele também ganhou a vida a cometer crimes como roubos em complexos de hotéis e apartamentos de férias, além de tráfico de drogas", continua a nota do BKA.
"As autoridades investigadoras conhecem alguns dos veículos que ele usava na época, vários pontos de contacto e um número de telemóvel português", acrescenta o Departamento Federal de Polícia Criminal.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer 4 anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.
A polícia britânica começou por formar uma equipa em 2011 para rever toda a informação disponível, abrindo um inquérito formal no ano seguinte, tendo até agora despendido perto de 12 milhões de libras (14 milhões de euros).
A PJ reabriu a investigação em 2013, depois de o caso ter sido arquivado pela Procuradoria-Geral da República em 2008, ilibando os três arguidos, os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e um outro britânico, Robert Murat.
C/Lusa