A autarquia de Surrey, ao sul da capital britânica, anunciou em comunicado que residentes das áreas de Goldsworth Park e St. Johns em Woking "serão visitados, solicitando-se que façam o teste de PCR Covid-19 com ou sem sintomas”.
A operação foi desencadeada após terem sido identificados pelo menos dois casos de infeção com a variante conhecida por VOC-202012/02, considerada muito infecciosa e potencialmente mais resistente às vacinas anti-covid.
Outras zonas diferentes do oeste, norte e sudeste de Londres, nomeadamente Ealing, Herfordshire e Kent, também deram conta de infeções com a variante do coronavírus identificada na África do Sul, iniciando as suas próprias operações de rastreamento.
Em Ealing, as autoridades locais estão a urgir residentes e pessoas que trabalham em certas áreas para marcarem testes num posto de testagem móvel, devendo uma operação porta a porta começar ainda esta semana.
A autarquia de Hertfordshire também pediu que todos os residentes da zona de Broxbourne com mais de 18 anos que façam um teste, "mesmo que não tenham sintomas”, até os contactos porta a porta começarem na quinta-feira.
As autoridades britânicas estão a enfatizar que não há provas de que a variante resulte em complicações piores da doença ou que as vacinas aprovadas no Reino Unido não ofereçam proteção.
Na quinta-feira, a direção geral de Saúde de Inglaterra (Public Health England) deu conta de 105 casos em todo o Reino Unido, 91 dos quais em Inglaterra.
Há uma semana, o ministro da Saúde, Matt Hancock, disse à BBC que todos os casos identificados até então estavam ligados a viajantes do país sul-africano, mas os novos casos são preocupantes porque não estão relacionados com novas chegadas, sugerindo que a variante está a circular na comunidade.
Os contactos porta a porta e mobilização de postos de testagem local com testes rápidos pretendem fazer um rastreamento mais rápido para travar a transmissão.
O risco representado pela nova variante levou o Reino Unido a suspender voos diretos da África do Sul em dezembro e proibir a entrada de visitantes daquele país, restrições alargadas em janeiro a outros países africanos, como Angola e Moçambique.