O anúncio da campanha “Recomeços” foi feito hoje pela cadeia internacional de mobiliário e decoração.
Quem recorrer ao serviço, que pretende incentivar o pedido de ajuda, será atendido “por uma equipa técnica especializada, de forma anónima e confidencial”.
As vítimas ou testemunhas de violência podem recorrer à Linha de Apoio ao Cliente da IKEA (21 989 99 45), por mensagem (3060) ou através do número 800 202 148.
A IKEA vai também criar um fundo, de 12 mil euros, destinado a mulheres temporariamente residentes em Casas de Abrigo da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, para apoio à sua autonomização.
O objetivo do fundo é pagar as primeiras rendas quando as mulheres nesta situação tenham reunidas as condições de segurança para recomeçar as suas vidas numa habitação própria.
A iniciativa resulta de uma parceria com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), a quem compete a atribuição dos apoios.
“Estas mulheres, muitas vezes com os filhos, têm o direito a recomeçar as suas vidas, de forma segura e confortável. Conseguir apoiar pessoas nestas situações complexas, numa nova casa, que simboliza esperança, segurança e recomeço, deixa-nos muito orgulhosos”, salienta, citada em comunicado, a diretora de comunicação da IKEA Portugal, Cláudia Domingues.
Também citada na mesma nota, a representante da CIG, Marta Silva, destacou a importância de apoiar as mulheres que tomaram a decisão de viverem “longe de um ambiente abusivo” e referiu que a inflação no mercado de arrendamento tem tido um “impacto enorme na capacidade de autonomização destas mulheres que são obrigadas a recomeçar”.
“Através deste apoio financeiro ao arrendamento, conseguimos ajudar a fazer face às despesas iniciais com a habitação”, acentuou Marta Silva.
O comunicado alude aos dados mais recentes do Portal de Violência Doméstica, de outubro a dezembro de 2022, onde é indicado que a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica acolheu 1504 pessoas.
Das vítimas adultas, 96 % eram mulheres e do total de pessoas acolhidas, 52 % eram crianças que acompanharam as mães.