Os líderes da Grécia, Áustria, República Checa e Dinamarca pediram hoje à presidente da Comissão Europeia que agilize o diálogo sobre as vacinas contra a covid-19 ainda não aprovadas, para evitar problemas de distribuição.
“Com base na nossa experiência até ao momento, consideramos muito importante iniciar um diálogo com os produtores das próximas vacinas para evitar possíveis problemas antes que eles ocorram”, assinalam os primeiros-ministros da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, Áustria, Sebastian Kurz, República Checa, Andrej Babis, e Dinamarca, Mette Fredriksen, numa carta enviada hoje a Ursula von der Leyen.
Os quatro chefes de Governo esperam que a pressão exercida permita que as farmacêuticas “compreendam a gravidade da situação” e evite transtornos como os surgidos com a vacina da AstraZeneca, entre outros.
A União Europeia, que iniciou a vacinação a 27 de dezembro de 2020, já autorizou as vacinas anti-covid da Pfizer-BioNTech e da Moderna e concedeu uma autorização condicional à vacina da AstraZeneca.
Na carta, os responsáveis apontam como exemplo de um possível problema o facto da vacina da Johnson & Johnson dever ser enviada primeiro para os Estados Unidos, onde são preparadas as ampolas para a sua distribuição final, o que pode comprometer a sua distribuição na União Europeia.
Por esse motivo, pedem a Von der Leyen que estabeleça um “diálogo ao mais alto nível” com aquela empresa para encontrar soluções que garantam a distribuição da vacina na Europa.