“O Líbano condena a contínua violação de Israel da sua soberania por mar, terra e ar e os ataques contra posições do Exército libanês, ambulâncias e agências de socorro, bem como civis que não participaram na guerra”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros libanês num comunicado.
Na nota, a diplomacia libanesa informou que apresentou uma nova queixa junto da ONU, documentando a agressão israelita contra o Líbano e com o objetivo de “pressionar a comunidade internacional e o Conselho de Segurança a tomar medidas para a travar”.
O Governo libanês denunciou que Israel atacou “estações de abastecimento de água”, a passagem fronteiriça de Masnaa – que liga o leste do Líbano à Síria – e os arredores do posto arqueológico de Baalbek, declarado Património Mundial pela Unesco desde 1984.
Na carta ao Conselho de Segurança, o Governo libanês sublinha que “Israel está a tentar pela força e por meios militares hostis impor a sua visão de segurança na região contra a soberania dos países”.
Mais de 2.300 pessoas foram mortas no Líbano desde a intensificação do conflito entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, em 08 de outubro de 2023, embora se estime que cerca de 1.500 destas mortes tenham ocorrido desde o início da campanha de bombardeamentos israelita, no final de setembro.
Estes ataques – que se concentraram sobretudo no sul e no leste do Líbano, mas também nos subúrbios do sul de Beirute – levaram à deslocação de mais de 1,2 milhões de pessoas, segundo dados oficiais.
Lusa