Segundo o Instituto Geográfico Nacional espanhol (IGN), a atividade sísmica aumentou nas últimas horas em La Palma, depois de na quarta-feira ter diminuído ligeiramente.
Três dos 60 terramotos registados foram sentidos pela população, tendo o de maior magnitude ocorrido às 02:27 (a mesma hora em Lisboa), em Mazo, com uma magnitude de 4,5 na Escala de Richter, a uma profundidade de 37 quilómetros, após outro de 4,1 graus, também nesta cidade, três segundos antes do anterior e à mesma profundidade.
O terceiro mais forte foi sentido em Fuencaliente, com uma magnitude de grau 3,6, a uma profundidade de 10 quilómetros às 05:30 de hoje.
As autoridades ordenaram ao final no final de quinta-feira a evacuação de um novo bairro no município de Los Llanos de Aridane, na ilha de La Palma, devido ao avanço do último fluxo de lava gerado pela erupção do vulcão Cumbre Vieja.
Segundo fonte do Governo regional das Canárias citada pela agência espanhola Efe, estima-se que esta nova evacuação afeta cerca de 15 residentes que vivem nesta zona.
Esta é a segunda evacuação causada em apenas 24 horas pelo avanço do novo deslizamento de terras que se formou nos últimos dias a norte do principal, depois de cerca de 800 residentes do bairro de La Laguna terem sido ordenados a abandonar as suas casas na terça-feira à tarde.
Os indicadores monitorizados por cientistas no vulcão de La Palma, especialmente as emissões de dióxido de enxofre, sugerem que o fim da erupção não vai acontecer a curto ou médio prazo, segundo a porta-voz do comité científico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca).
A lava do vulcão de La Palma, que entrou em erupção no dia 19 de setembro, ocupava na quarta-feira 656 hectares e já afetou mais de 1.500 construções.
Segundo as medições do sistema de satélites europeu Copernicus, a lava ocupa 656 hectares e já afetou 1.541 construções, das quais 1.458 foram destruídas.
Uma nuvem de dióxido de enxofre emitido pela erupção do vulcão Cumbre Vieja atingiu a Península Ibérica e deverá estar na atmosfera até sexta-feira, informou na quarta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Usando previsões do modelo do Serviço de Monitorização Atmosférica do programa de observação por satélite europeu Copernicus, a “intrusão de dióxido de enxofre” está acima dos 3.000 metros de altitude, “não afetando por isso as concentrações deste gás à superfície”.