"Não nos faz impressão nenhuma estarmos juntos nas autárquicas e separados nas regionais", disse o secretário-geral do Juntos Pelo Povo, Élvio Sousa, num jantar-convívio que assinalou a ‘rentrée’ política do partido e juntou cerca de 200 militantes e convidados no concelho da Ribeira Brava, zona oeste da Madeira, incluindo autarcas eleitos em Felgueiras e na Maia.
O JPP integra a coligação Confiança, juntamente com o PS, BE, PDR e Nós, Cidadãos!, que venceu a Câmara Municipal do Funchal em 2017. Logo após a eleição, o presidente da autarquia, o independente Paulo Cafôfo, anunciou que seria candidato a chefe do Governo Regional apoiado pelo PS.
"Cada macaco no seu galho", afirmou Élvio Sousa, sublinhando que "o que resultou para o Funchal poderá não resultar para as regionais", embora considere que o eleitorado da Madeira e do Porto Santo "deseja uma alternativa".
O JPP, que em 2015 se tornou um dos maiores partidos da oposição na região autónoma, ao eleger cinco deputados para a Assembleia Legislativa da Madeira, garante que vai concorrer "isoladamente", embora deixe em aberto os cenários pós-eleitorais.
O secretário-geral do JPP considera que o Partido Social Democrata, que governa a região autónoma há quatro décadas consecutivas, "defraudou as expectativas da população", pelo que, neste contexto, pretende assumir-se como uma "força política alternativa".
"O JPP irá assumir-se como uma força política alternativa ao PS e ao PSD", disse, reforçando: "O JPP é um projeto de confiança, um projeto de alternativa e um projeto para as próximas eleições, com independência, com perseverança e equidistância de todos os setores".
Élvio Sousa vincou que o Juntos Pelo Povo é um "projeto supra ideológico", pelo que não se enquadra na direita, nem na esquerda, nem no centro.
"Somos um partido recente, de causas e de pessoas e vamos continuar a sê-lo", afirmou, sublinhando que defende a redução fiscal para as famílias e para as empresas, o equilíbrio das contas públicas e a redução das despesas do Governo Regional.
"Consideramos exageradas despesas como os 97 milhões de euros injetados este ano em sociedades de desenvolvimento falidas e os 15 milhões para amortização de juros da dívida", realçou Élvio Sousa.
C/ LUSA