Vários jornalistas de meios de comunicação social privados da Venezuela foram ontem impedidos de cobrir uma conferência de imprensa do chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Venezuelanas.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa, a conferência teria lugar em Puerto Ayacucho, capital do estado venezuelano de Amazonas, onde no domingo três militares morreram e outros dez ficaram feridos numa emboscada de grupos paramilitares contra uma viatura da Guarda Nacional Bolivariana.
"Os jornalistas da Amavisión, Venevisión, El Pitazo, Autana 90.9, Waka Notícias, Marawaka e Unión Rádio foram impedidos de fazer a cobertura", explica o SNTP numa mensagem na rede social Twitter.
Segundo a imprensa local, os jornalistas tinham sido convocados pelo general Miguel Eliecer Martínez, responsável pela Zona Operacional de Defesa Integral de Puerto Ayacucho.
No entanto, depois de esperarem mais de hora e meia na entrada da Base Aérea José António Páez, "foi-lhes dito que não poderiam estar no evento e que apenas poderiam assistir os jornalistas dos canais [de televisão] do Estado, Venezuelana de Televisão (VTV) e Vive".
Na última quinta-feira, uma comissão da Direção-geral de Contra-Inteligência Militar (serviços secretos militares) detiveram um fotógrafo do diário Primícia, Wilfredo Álvarez, quando fotografava a sede do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminalísticas, em Tumeremo, estado de Bolívar.
Segundo o SNTP, o fotógrafo foi algemado, colocado numa viatura policial e, antes de ser libertado, os militares apagaram as fotografias que aquele profissional tinha feito e subtraíram a lente da câmara.
LUSA