Shireen Abu Akleh, conhecida repórter palestiniana do canal árabe da Al-Jazeera, foi baleada na cabeça, morrendo pouco depois, informou o Ministério.
Um outro repórter, do jornal Al-Quds, de Jerusalém, também foi ferido, mas encontra-se estável, acrescentou.
O Ministério adiantou que os jornalistas foram atingidos durante um ataque israelita, sendo que imagens de vídeo mostram Abu Akleh tinha vestido um colete azul à prova de bala, onde estava escrita a palavra “Press” (Imprensa).
O exército israelita afirmou ter ripostado a um intenso ataque durante as operações em Jenin. Além disso, explicou estar “a investigar o evento e a analisar a possibilidade dos jornalistas terem sido atingidos por atiradores palestinianos”.
As forças de segurança israelitas intensificaram, no último mês, os ataques e "operações antiterroristas" na Cisjordânia, particularmente na área de Jenin, em resposta a uma onda de ataques em Israel, desde o final de março, e na qual morreram 18 pessoas.
Por seu lado, a Al-Jazeera acusou Israel de ter "assassinato a sangue frio" a jornalista Shireen Abu Akleh.
"Num trágico assassínio premeditado que viola as leis e as normas internacionais, as forças de ocupação israelitas mataram, a sangue frio, a nossa jornalista, Shireen Abu Akleh", indicou, em comunicado, a rede internacional da Al-Jazeera, com sede em Doha.
O produtor da Al-Jazeera, Ali al-Samudi, também foi "atacado ao ser atingido nas costas durante a cobertura e agora está a receber tratamento", acrescentou. Os dois jornalistas estavam identificados como "imprensa" nos coletes que envergavam.
"Condenamos este crime atroz", pelo qual "responsabilizamos o Governo israelita e as forças de ocupação", acusou a cadeia do Catar, no comunicado.
A Al-Jazeera apelou à comunidade internacional para que "condene e responsabilize as forças de ocupação israelitas por atacar e matar deliberadamente a colega Shireen Abu Akleh".
Lusa