A indigitação será objeto de pronúncia da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e de audição na Assembleia da República.
Ana Margarida Taborda Duarte Martins de Carvalho nasceu em Lisboa em 1969 e é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
A jornalista, que permaneceu quase 25 anos na revista Visão, ocupando várias categorias profissionais desde grande repórter, editora da secção sociedade, cronista e crítica de cinema, é autora de reportagens premiadas como o Prémio Revelação Gazeta (1994), Clube de Jornalistas de Lisboa, Prémio Nacional Abel Salazar (1995), Clube de Jornalistas do Porto, Prémio Nacional Alexandre Herculano (1995) ou Prémio Maria Lamas (2000), entre outros.
Enquanto escritora, o seu primeiro romance "Que importa a fúria do mar" (2013) foi vencedor, por unanimidade, do Grande Prémio Romance e Novela da APE (Associação Portuguesa de Escritores), tendo sido finalista de outros tantos (Leya, PEN, Fernando Namora).
O seu segundo romance, "Não se pode morar nos olhos de um gato" (2016), foi considerado livro do ano pelos críticos do Público, Expresso e Diário de Notícias, nomeado pela SPA e vencedor do Prémio Manuel Boaventura (2017) e novamente do Grande Prémio Romance e Novela da APE (2017), entrando no círculo restruto de autores duplamente premiados.
O seu mais recente livro chama-se "Cartografias de lugares mal situados", de julho deste ano.
A membro indigitada do CGI assinou também crítica cinematográfica e fundou e administrou, durante sete anos, o Final Cut, um ‘site’ profissional sobre cinema.
Três dos seus guiões cinematográficos (documentário e ficção) ficaram classificados nos primeiros lugares em concurso do Instituto de Cinema e Audiovisual (ICA), obtendo financiamento, sendo que durante vários anos integrou o painel de jurados daquele organismo para atribuição de subsídios nos concursos de produção de longas-metragens, documentários e desenvolvimento de guião.
"O Governo agradece à escritora Ana Margarida Carvalho a disponibilidade para aceitar este cargo", sublinha o Ministério da Cultura.
O CGI é presidido por José Carlos Vieira de Andrade desde fevereiro de 2020. O órgão que supervisiona e fiscaliza a ação do Conselho de Administração da RTP é composto, além do presidente, por Helena Sousa, Arons de Carvalho, Leonor Beleza e Manuela Melo.
Com a indigitação de Ana Maria de Carvalho, o número de mulheres no órgão sobe para quatro num total de seis.
O Conselho Geral Independente foi criado em 2014, pelo ministro da tutela Miguel Poiares Maduro, e é composto por seis membros, um presidente e cinco vogais, e o seu mandato tem duração de seis anos.
Dos seis elementos, dois são designados pelo Governo, dois pelo Conselho de Opinião e os restantes dois cooptados pelos quatro anteriores.
O modelo de funcionamento do CGI prevê um mandato de seis anos, com a substituição de três dos seis elementos a meio do mandato.