“A saída destes peregrinos do recinto correu na normalidade, não foram registados incidentes”, informou hoje a PSP, contabilizando nos vários eventos realizados no Parque Eduardo VII, em Lisboa, “cerca de 240 mil” pessoas.
Numa conferência realizada hoje, no centro de imprensa da JMJ, localizado no Pavilhão Carlos Lopes, o responsável da PSP, Pedro Moura, sublinhou que assistiram à missa que marcou o arranque da jornada “mais de 200 mil peregrinos” mas, “passadas cerca de duas horas, o recinto ficou praticamente disponível e todos os arruamentos à sua volta também”, tendo o policiamento sido desmobilizado.
Pedro Moura destacou ainda a “já expectável enorme afluência de peregrinos aos transportes públicos de Lisboa”, com particular incidência no Metropolitano e na CP.
“Mais de 300 mil peregrinos utilizaram [na terça-feira] a rede do Metro de Lisboa”, afluência que provocou “alguns constrangimentos no acesso às plataformas, houve alguns locais onde alguns peregrinos tentaram ultrapassar e saltar os torniquetes e, em alguns comboios, houve tentativa de que estes ficassem sobrelotados”, explicou o mesmo responsável.
Alguns dos “picos de afluência” registaram-se nas estações de Cais do Sodré e S. Sebastião, nomeadamente na chegada a Lisboa de “peregrinos franceses que se encontravam em Algés”, mas, segundo a PSP, tratou-se de “uma afluência momentânea, devidamente coordenada com o Metropolitano de Lisboa”.
“Não houve incidentes, mas, se houvesse, a PSP estaria preparada para fazer a interdição do espaço”, disse.
Pedro Moura assegurou que o dispositivo da PSP está “preparado para, se for necessário, fazer interdições momentâneas de peregrinos para as plataformas até à chegada dos comboios de modo a evitar acidentes”.
A PSP avisou ainda que estão previstas situações de maior afluxo de peregrinos no fim de semana, em estações da Linha do Norte, em relação às quais serão dadas indicações durante os próximos dias.
À agência Lusa o Metropolitano de Lisboa informou ter registado, na terça-feira, cerca de 605 mil entradas, refletindo um aumento de cerca de 54% face ao movimento de 395 mil clientes verificado num dia normal e ultrapassando “o movimento diário de passageiros em dia útil em período pré pandemia, que se situava em cerca de 600 mil clientes”.
Dos 605 mil clientes, “331 mil foram passageiros ocasionais, ou seja, a sua maioria peregrinos da JMJ”, precisou a empresa que prevê que esse número “venha ainda a ser ultrapassado nos próximos dias 03 e 04 [quinta e sexta-feira] do corrente mês”.
A empresa esclareceu ainda que as estações do Metropolitano de Lisboa “têm um limite de passageiros que, por questões de segurança, não poderá ser ultrapassado” e que, em situações de grande afluência, é necessário “acionar uma série de medidas de segurança”, além das fisicamente existentes.
Essas medidas podem passar, entre outras, pelo controlo de entradas efetuado por elementos do Metro e pela PSP, e pelo aumento de comboios e da sua frequência para escoar os clientes do cais.
Uma situação que “não é inédita, já que em grandes eventos que envolvem um elevado número de pessoas (jogos de futebol, concertos, etc.) que utilizam o Metropolitano de Lisboa, esta empresa adota a mesma metodologia de segurança”, concluiu a empresa que está a monitorizar os afluxos no âmbito da JMJ.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa até domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica.
Lusa