Neste novo apelo, o papa voltou a pedir "encarecidamente que as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e todos os civis não sejam vítimas do conflito" e que o "direito humanitário" seja garantido, especialmente em Gaza.
"Acompanho com grande tristeza o que está a acontecer em Israel e na Palestina e penso especialmente nos muitos pequeninos e nos idosos. Renovo o meu apelo pela libertação dos reféns e peço encarecidamente que as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e os civis não se tornem vítimas do conflito", disse Francisco, debruçando-se da janela do palácio apostólico para a oração do Angelus.
E acrescentou: "O direito humanitário deve ser respeitado, especialmente em Gaza, onde é urgente e necessário garantir corredores humanitários para ajudar toda a população".
Lamentou que já tenham morrido tantas pessoas e apelou a que "não se derrame mais sangue inocente, nem na Terra Santa, nem na Ucrânia, nem em lado nenhum. Basta, as guerras são sempre uma derrota, sempre".
"A oração e a força silenciosa são sagradas e é isso que deve ser oferecido à força diabólica do ódio, do terrorismo e da guerra", acrescentou.
Também convidou todos os fiéis a unirem-se à Igreja na Terra Santa para dedicar um dia de oração e jejum na terça-feira, 17 de outubro.
Entretanto, Francisco telefonou na sexta-feira, e pela segunda vez desde o início do conflito, para a paróquia da única igreja católica da Faixa de Gaza, dedicada à Sagrada Família, disse hoje o pároco Gabriel Romanelli ao correspondente da TV2000 em Jerusalém.
Francisco perguntou como estavam as pessoas no local, nomeadamente as muitas crianças cristãs e muçulmanas que estavam a ser cuidadas pelas Missionárias da Caridade, e disse que estava a fazer tudo o que podia para acabar com o derramamento de sangue.
O grupo islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 7 deste mês um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.