Previamente, responsáveis militares tinham referido que “diversos suspeitos penetraram em território israelita provenientes do Líbano” e que forças militares estavam presentes na zona. “Helicópteros de combate conduzem atualmente ataques nessa zona”, acrescentou o Exército.
Um responsável local libanês indicou à agência noticiosa AFP que Israel tinha bombardeado os arredores de uma povoação fronteiriça no sul do Líbano.
No domingo, o Hezbollah libanês, aliado do Hamas palestiniano e do Irão, disparou um obus sobre um disputado setor da fronteira, e que implicou o ataque de um ‘drone’ israelita contra uma das suas posições na zona fronteiriça do sul do Líbano.
O Hezbollah já negou qualquer envolvimento na infiltração hoje anunciada pelo Tzahal, as Forças Armadas do Estado judaico.
“As informações sobre um confronto entre os membros da resistência [em Israel] e o inimigo israelita ou sobre uma alegada infiltração não têm fundamento”, declarou o gabinete de imprensa da poderosa formação xiita libanesa.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.
O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava pelo menos 560 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza – incluindo dezenas de menores e mulheres – o que elevava para mais de 1.250 o total de mortes nos dois lados dos confrontos armados iniciados no sábado.
Nas últimas horas foram atacadas duas torres na cidade de Gaza, com registos de pelo menos 123.000 deslocados internos num enclave com dois milhões de habitantes, sendo ainda imposto por Israel um bloqueio total ao fornecimento de combustível, alimentos e eletricidade à Faixa de Gaza.
A estas vítimas somavam-se os mais de 700 mortos do mais recente balanço do Ministério da Saúde de Israel, divulgado no domingo.
O elevado número de mortos confirmado em pouco mais de 24 horas não tem precedentes na história de Israel, apenas comparável à sangrenta primeira guerra israelo-árabe de 1948, após a fundação do Estado de Israel.
Lusa