Segundo o portal da justiça iraniana, Mizan, o jovem é acusado de ter sido “o líder da multidão na praça principal" da cidade de Noushar, na província de Mazandaran, no norte do Irão, e responsável por "importantes ações criminosas nos distúrbios".
A sentença foi proferida com base "nas provas do processo, nas confissões do arguido e dos seus cúmplices e nos relatórios dos oficiais de justiça", refere a Mizan, agência que adianta que, mas mensagens que trocou com amigos nas redes sociais, confiscadas pela polícia, Takdastan confirma que agrediu um agente das forças de segurança durante os protestos.
“Incentivei as pessoas e atirei uma garrafa de cerveja sem álcool e uma pedra contra um carro da polícia Toyota, segui um agente da polícia, criei um ambiente para os agentes se assustarem e evacuarem a praça”, refere a Mizan, ao apresentar a alegada confissão de Takdastan.
Nesse sentido, acrescenta a Mizan, o tribunal da província de Mazandar condenou Takdastan à morte sob as acusações de “corrupção na terra e guerra contra Deus".
Os protestos, que continuam de forma dispersa um pouco por todo o país, começaram no Irão em meados de setembro, após a morte, sob custódia da polícia dos costumes, de uma jovem curda de 22 anos por alegado uso indevido do ‘hijab’, o véu islâmico, violando o rígido código de vestimenta do país.
Pelo menos 2.000 pessoas foram acusadas pela Justiça iraniana de vários crimes pela participação nas mobilizações, tendo, entre as várias condenações à morte, duas delas sido já executadas – dois jovens ambos de 23 anos.
Segundo várias organizações não-governamentais, mais de 450 pessoas morreram nos últimos meses no Irão em diferentes manifestações de protesto, que foram fortemente reprimidas pela polícia.