Este é o valor mais elevado no primeiro trimestre dos últimos três anos em termos de insolvências, refere a Iberinform, empresa do grupo Crédito y Caución, em comunicado.
Apenas em março deste ano, foram contabilizadas 560 insolvências, valor que traduz “um substancial aumento de 67% face a 2020, motivado, em grande parte, pelo encerramento dos processos”, realça.
No entanto, em março do ano passado Portugal iniciou o seu primeiro confinamento no quadro da pandemia de covid-19, facto que condiciona a análise comparativa dos dados mensais, adverte a Iberinform.
Até março, foi declarada a insolvência de 900 empresas, mais 223 que em igual período do ano passado (+33%).
As declarações de encerramento requeridas por terceiros aumentaram 72% no trimestre em análise, situando-se em 369 pedidos, enquanto as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas subiram de 276 no ano passado para 297, isto é, mais 7,6%.
Os encerramentos com plano de insolvência baixaram de 18 para 13 este ano (-28%), lê-se no comunicado.
Quanto à Madeira, o aumento trimestral foi de 36,7% e, nos Açores, Ponta Delgada apresentou uma subida 62,5% face ao ano passado, enquanto Angra do Heroísmo teve uma queda de 57,1% na comparação homóloga trimestral.
No entanto, as insolvências recuaram ainda em cinco distritos de Portugal continental, no caso Bragança (-57,1%), Faro (-23,2%), Évora (-16,7%), Santarém (-13,5%) e Leiria (-9,8%).
Os dados analisados pela Iberinform permitiram concluir que o número de constituições de empresas aumentou em março deste ano, passando de 2.490 em 2020 para 3.398 (+36,5%), mas que na comparação com o primeiro trimestre se verificou uma queda 17,8% em termos homólogos.