“Durante os últimos três anos a pobreza (…) aumentou 10% e afetava em 2018 metade das famílias (51%), enquanto 80% apresentam riscos de insegurança alimentar devido à sua falta de meios para comprar alimentos”, indicou Anitza Fréitez, coautora do “estudo sobre as condições de vida” na Venezuela.
Realizado pelas Universidades Católica Andrés Bello, Central da Venezuela e Simon Bolivar, o estudo foi apresentado na quarta-feira em Caracas.
Segundo o texto, apenas metade das crianças e adolescentes vão regularmente à escola, devendo-se o absentismo à falta de água (28%), de alimentos (22%), de transportes (17%), de eletricidade (15%) e de alimentação na escola (13%).
O estudo indica que 23% das casas não têm água corrente e que 25% sofrem regularmente cortes de eletricidade de várias horas.
Além da crise económica, a Venezuela atravessa uma crise política que se agravou desde 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino para organizar eleições, face ao presidente em exercício, Nicolás Maduro.
Até à data, cerca de 50 países já reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino, incluindo Portugal.
C/ LUSA