Com 238 metros de comprimento e acompanhado por 18 leões, o dragão dourado partiu das Ruínas de São Paulo, fez um percurso pela zona histórica da cidade para transmitir votos de boa fortuna a todos os residentes e visitantes, afastando-se depois do centro para terminar junto à Torre de Macau.
Desde o início de dezembro, em que as autoridades do território anunciaram o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção da covid-19, à semelhança do que aconteceu na China, depois de quase três anos de rigorosas restrições, o número de visitantes tem vindo a aumentar gradualmente.
Até às 11:00 (03:00 em Lisboa), 10.022 turistas tinham entrado em Macau, com as autoridades a esperarem um máximo de 50 mil visitantes diários durante o ano novo lunar, menos 70% do que antes da pandemia, devido à situação ainda irregular dos transportes marítimos e aéreos.
No sábado, o chefe do Governo de Macau disse acreditar que, a partir do terceiro dia do novo ano lunar, o número de turistas irá subir de forma gradual, acrescentando que "não vai definir, neste momento, uma meta exata", de acordo com um comunicado oficial.
Numa visita à feira de flores na praça do Tap Seac, Ho Iat Seng afirmou que "ainda não sabe se é possível concretizar, dentro de uma ou duas semanas, a retoma das excursões" da China para Macau.
Devido aos feriados do ano novo lunar, "a taxa de reserva de quartos de hotel em Macau antes do 15.º dia lunar é elevada, por isso, em termos de preços de alojamento em hotéis, não é o momento mais adequado para promover viagens de excursões", indicou.
"A retoma das excursões depende da situação em Macau, e se se atrasar um pouco a implementação desta medida, será melhor e o ideal para o custo ou preço das excursões, contribuindo para uma melhor transição entre o pico que se vive agora e uma altura mais tranquila no setor de turismo", sublinhou, de acordo com a mesma nota.
Há mais de uma semana, em 13 de janeiro, Macau recebeu quase 47 mil visitantes, o valor diário mais elevado no território desde que foi detetado o primeiro caso de covid-19, há quase três anos, indicou a Direção dos Serviços de Turismo (DST).
Na altura, o diretor substituto da DST, Cheng Wai Tong, afirmou que não ia ser possível "de um momento para o outro registar o mesmo número de visitantes" que no período do ano novo lunar de 2019, em que visitaram Macau 170 mil turistas por dia.
"Não vamos conseguir ter todas as carreiras de ‘ferries’ a funcionar como antes da pandemia [de covid-19]. É impossível a retoma total dos voos e, por isso, é mais uma questão dos transportes que trazem os turistas", considerou.
Relativamente às reservas hoteleiras para a época festiva, o representante da DST sublinhou que, naquele momento, a taxa situava-se entre os 30 e os 50%.
Durante o período do Festival da Primavera, vários eventos vão decorrer em toda a cidade: no terceiro e sétimo dias do ano novo lunar, terça-feira e sábado, respetivamente, realiza-se, na zona centro e norte da cidade, a parada de celebração do ano do Coelho, com 18 carros alegóricos.
Naqueles dias e também a 05 de fevereiro, dia do Festival das Lanternas, terão lugar espetáculos de fogo-de-artifício, além de outras atividades, como queima de panchões [cartuchos de pólvora revestidos por papel vermelho], fogo-de-artifício e feiras, além de, pela primeira vez este ano, um projeto piloto transformar a avenida Almeida Ribeiro, no centro, numa área pedonal, com concertos e programas de entretenimento.