Dados fornecidos hoje pelo INEM, a propósito do Dia Nacional do Doente com AVC, indicam que em 2021 foram registados mais 877 casos relativamente a 2020 e que este ano, até 28 de março, foram encaminhados para os hospitais 1.295 situações de suspeita desta doença.
De acordo com dados fornecidos numa nota enviada hoje à agência Lusa, no ano passado, o distrito do Porto “continuou a registar um maior número de casos”, com 1.325 doentes encaminhados através da Via Verde do AVC, seguido de Lisboa (1.103) e de Braga (511).
Números referentes ao ano passado indicam que o Hospital de Braga foi o que recebe mais situações suspeitas de AVC (478), através desta linha do INEM, seguido do Centro Hospitalar de São João, no Porto, com 404, e do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, com 393.
Segundo indicadores anuais avançados à Lusa pelo INEM, em 2015, foram encaminhadas 3.115 situações suspeitas, aumentando esse valor para 3.386 em 2016.
Em 2017, o número de casos desceu para 3.164, aumentando em 2018 para 4.496, em 2019 foram 4.415 e em 2020 4.939, adianta o INEM.
Neste Dia Nacional do Doente com AVC, a principal causa de morte e incapacidade permanente em Portugal, o INEM recorda que perante os sinais e sintomas (falta de força num braço, boca ao lado e dificuldade em falar), os utentes devem ligar de imediato o Número Europeu de Emergência (112) e transmitir todas as informações solicitadas, para que possam receber o tratamento mais adequado.
“As primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais, pois é esta a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos. Por esse motivo, ligar 112 e, após a chamada ser transferida para o INEM, colaborar com os profissionais do Centro de Orientação de Doentes urgentes (CODU) do INEM é fundamental para uma triagem e encaminhamento corretos de todas as situações suspeitas de AVC”, alerta o INEM.
O AVC “é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro e continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares”.
“Para prevenir o AVC, deve-se adotar hábitos de vida saudáveis, evitar o tabaco e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas”, alerta o INEM.
Lusa