As autoridades estão a estudar a complicada operação para tentar salvar os destroços do navio, que se partiu em três pedaços e está localizado a uma profundidade de 800 metros abaixo do nível do mar, apesar de ainda não estar confirmada a sua realização.
O chefe da Marinha da Indonésia, Yudo Margono, disse hoje aos meios de comunicação locais que esperam a chegada de ajuda, especialmente de um navio chinês que tem um dispositivo magnético de alta potência e balões submarinos que poderiam ser utilizados na missão.
Margono, contudo, não se pronunciou sobre quando está previsto iniciar-se a operação.
As autoridades acreditam que os corpos sem vida dos 53 membros da tripulação do submarino Nanggala-402 estão aprisionados dentro dos destroços.
Familiares dos tripulantes falecidos participaram hoje numa cerimónia de homenagem, onde atiraram flores ao mar no local onde o submarino começou a mergulhar pela última vez.
O submarino, um modelo classe Cakra fabricado na Alemanha em 1978 e entregue à Indonésia três anos mais tarde, desapareceu cerca de 40 minutos depois de submergir ao largo do Bali, na manhã de quarta-feira passada, durante exercícios militares.
O KRI Nanggala 402 foi localizado no domingo por um submarino da Singapura que participou nas buscas exaustivas, que contaram com a ajuda das forças marítimas da Austrália, da Índia e dos Estados Unidos.
A Indonésia exclui que o acidente tenha sido causado por erro humano e suspeita que o navio começou a rachar quando estava entre os 400 e os 500 metros de profundidade, cerca do dobro da sua capacidade submersível, depois de ter sido arrastado por uma onda subaquática, de acordo com as previsões realizadas.
Estas ondas, que podem ter centenas de metros de altura, são formadas pelas diferentes densidades de água no oceano.
As autoridades disseram na terça-feira que recuperaram o hidrofone, uma parte do submarino que pode ajudar a conhecer as causas do acidente.