Miguel Gouveia da Silva, que se encontra no local, referiu aos jornalistas que o objetivo dos elementos das duas corporações de bombeiros envolvidas no combate ao fogo é evitar que as faúlhas se propaguem a outros edifícios naquela zona histórica da cidade, com edifícios antigos, nas imediações do Mercado dos Lavradores do Funchal.
Um dos fatores favoráveis são as condições climatéricas, nomeadamente a ausência de vento, referiu.
Dentro do prédio, no início do incêndio, estavam duas pessoas, uma das quais conseguiu sair pelos seus próprios meios, enquanto a outra, que estava no terceiro andar, foi retirada com a ajuda dos bombeiros com recurso a uma escada.
As duas pessoas não apresentam ferimentos, embora a que foi retirada tivesse sido transportada de ambulância para o Hospital do Funchal, por precaução.
As duas corporações dos bombeiros do Funchal – Sapadores e Municipais – continuam com todos os meios a combater o incêndio, mas o prédio continua a arder.
De acordo com o autarca, a parte interior, composta de travejamento em madeira, está a ficar totalmente destruída, mas as paredes exteriores continuam de pé.
O responsável anunciou que “depois de extinto o fogo, a área à volta do edifício vai ficar interdita à circulação de pessoas até ser feita uma vistoria à estrutura para avaliar a sua solidez” e assegurar que não há risco de a estrutura colapsar.
Aquele imóvel devoluto era usado por pessoas sem abrigo para passarem a noite.
Este imóvel, que data de 1929, faz parte de um projeto hoteleiro do grupo Avelino Farinha e Agrela (AFA), que tinha já um projeto hoteleiro previsto para o prédio.
Um dos administradores da AFA, Bruno Freitas, referiu aos jornalistas que o projeto estava para “avançar no início de 2020”, vindo esta situação colocar em causa a sua concretização.
LUSA