O mais recente relatório anual da organização destaca como ameaças específicas à liberdade dos ‘media’ as restrições extraordinárias impostas às atividades dos jornalistas por leis e regulamentos que deram resposta à pandemia de covid-19.
O documento mostra um aumento de 40% de casos de ameaças à liberdade de informação, em 2020, comparando com o ano anterior, realçando um número recorde de ataques físicos a jornalistas (52 casos) e de assédio ou intimidação (70 casos).
Os alertas de casos mais frequentes, recebidos pela Plataforma para a Proteção do Jornalismo e Segurança dos Jornalistas, são os de ataques à integridade física (24%), assédio e intimidação (24%) e detenção de jornalistas (16%).
O documento analisa as ameaças sérias à liberdade de imprensa, incluindo as de impunidade de crimes contra jornalistas, relatando 24 casos de impunidade pelo assassínio de jornalistas que ainda não tiveram consequências, bem como numerosos constrangimentos criados pelo Estado a meios de comunicação social independentes, assédio judicial, pressão política e vigilância de jornalistas.
Num comunicado divulgado antes do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se celebra no dia 03 de maio, a secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Buric, pediu aos governos europeus para mostrarem vontade política para proteger os jornalistas e o jornalismo independente.