Num resumo da situação através da internet para o centro de imprensa da Ucrânia, Vladislav Atrochenko disse que uma ponte que ligava a Kiev foi destruída pelos russos, ao passo que uma outra ponte pedonal, sob constante tiroteio, ameaça ruir, impedindo que sejam criados corredores humanitários para retirar civis.
"A cidade está reduzida a cinzas", indicou o presidente da câmara, numa altura em que as autoridades locais tentam fazer sair os feridos graves, para que possam ser operados.
De acordo com Vladislav Atrochenko, estão em causa 44 pessoas, militares e civis, entre os quais três crianças.
O responsável também indicou que mais de 200 civis morreram e que ainda estão 120 mil pessoas na cidade, cuja população era de 280 mil antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro.
"Nós entregamos água através de todos os meios possíveis", contou, sublinhando que também já houve cortes de eletricidade no território.
"Reparámos tudo o que foi possível reparar", assegurou, citado pela agência France-Presse
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, 3,7 milhões das quais para fora do país.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.