"À luz do Evangelho, a pena de morte é inadmissível porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa", refere-se no novo texto, cuja alteração foi anunciada em comunicado pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Luis Ladaria Ferrer.
Na versão anterior do catecismo, admitia-se a pena de morte se fosse “o único caminho possível para defender eficazmente as vidas humanas de um agressor injusto", considerando-se que era uma resposta "adequada à gravidade de alguns delitos e um meio aceitável, ainda que extremo, para a tutela do bem comum".
No novo texto, salienta-se que "hoje está cada vez mais viva a consciência de que a dignidade humana não se perde, nem mesmo depois de se ter cometido crimes muito graves", com a Igreja a mostrar "uma nova compreensão sobre o sentido das sanções penais" aplicadas pelos Estados.
Agora, há "sistemas de detenção mais eficazes, que garantem a necessária defesa dos cidadãos, mas que, ao mesmo tempo, não tiram ao recluso a possibilidade de se redimir".
Por isso, a Igreja Católica "compromete-se com determinação" a conseguir a abolição "em todo mundo" da pena capital, considerada "um ataque à inviolabilidade e à dignidade da pessoa".
LUSA