O Tribunal deu como provado que José Narciso Vasconcelos, de 47 anos, autor confesso do homicídio do ex-cunhado, agiu de "forma consciente", tendo o crime ocorrido na sequência de uma discussão entre os dois em maio de 2018, no interior da casa onde residiam, no Funchal.
Na leitura do acórdão, o juiz Filipe Câmara indicou que o arguido derrubou a vítima com um murro, num momento em que ambos estavam alcoolizados, e continuou a agredi-la depois de estar prostrada no chão, o que provocou fraturas de várias costelas, e também "exerceu força sobre o pescoço".
O crime aconteceu num sábado e não houve testemunhas oculares, mas só no domingo de manhã é que José Narciso Vasconcelos terá dado conta que o ex-cunhado estava morto, tendo então decidido desfazer-se do corpo.
Para isso, usou uma serra com 15 centímetros e cortou-o em quatro partes, colocando-as na caixa de ar entre a parede da cozinha e um muro exterior e cimentou a área.
O corpo foi encontrado no dia 09 de junho de 2018, quando a vizinhança notou um colchão com sangue colocado pelo arguido no lixo e alertou as autoridades.
José Narciso Vasconcelos foi condenado a 13 anos de prisão em cúmulo jurídico: 12 anos por homicídio na forma simples e 18 meses por crime de profanação de cadáver.
LUSA