“O Ministério Público mandou deter, o Ministério Público mandou libertar”, disse à agência Lusa Filipe Câmara, esclarecendo que o homem não foi ouvido pelo juiz de turno, apesar de ter sido conduzido ao Tribunal Judicial do Funchal esta manhã, pelo que não lhe foram aplicadas medidas de coação.
O presidente da Comarca da Madeira desconhece as razões que motivaram a decisão, sublinhando que o processo se encontra em “segredo de justiça”.
Na quarta-feira, a Polícia Judiciária informou, em comunicado, ter detido um homem de 51 anos pela presumível prática de crime de abuso sexual de crianças e de um menor dependente.
“Os factos que determinaram a investigação terão ocorrido ao longo de pelo menos dois anos, aproveitando-se o presumível autor de uma relação de confiança e proximidade, no âmbito da prática desportiva”, referiu a PJ.
De acordo com o Departamento de Investigação Criminal da Madeira, as vítimas foram “várias crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos”.
A investigação conduziu à emissão de mandado de detenção pela Autoridade Judiciária competente do DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] do Funchal, cumprido na terça-feira.
Vários órgãos de comunicação social indicaram que o homem acusado dos crimes de abuso sexual de crianças é um ex-coordenador do futebol feminino do Club Sport Marítimo.