No decurso de uma conferência de alto nível sobre o financiamento ao desenvolvimento organizada na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Guterres emitiu um “apelo à ação urgente” no contexto “da pior recessão desde a Grande Depressão”.
Os países dos G20 despenderam cerca de 16 biliões de dólares (13,5 biliões de euros) para relançar as suas economias, mas os países em desenvolvimento não têm essa capacidade, lamentou no decurso deste evento organizado com o Canadá e a Jamaica, na presença de representantes de várias dezenas de Estados.
“Os alívios suplementares e direcionados da dívida a favor dos países vulneráveis, incluindo os países com rendimentos intermédios, serão necessários em definitivo”, disse, ao apelar à criação deste “novo mecanismo”.
Guterres congratulou-se com as recentes medidas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do G20, apesar de sugerir medidas “mais audaciosas e mais ambiciosas”.
O mecanismo do G20 de suspensão da dívida, que expira no final de junho, deverá ser prolongado até 2022 e proposto aos países com rendimentos intermédios que o desejarem, solicitou.
O G20, o grupo das 20 primeiras economias do mundo, chegou a acordo sobre um quadro comum para restruturar a dívida de países pobres com uma moratória sobre o pagamento dos juros no âmbito da “iniciativa de suspensão do serviço da dívida”.
C/Lusa