"Aquilo que o governo pretende é que em 11 de janeiro, e à medida que se vá conhecendo os resultados dos testes, as escolas comecem a laborar progressivamente", referiu, na Assembleia Legislativa.
Devido ao aumento de casos de infeção pela covid-19, o Governo Regional definiu no domingo uma série de medidas restritivas para combate à disseminação do novo coronavírus, suspendendo em quatro concelhos da região (Funchal, Câmara de Lobos, Ribeira Brava e Porto Santo) o ensino presencial, até à testagem dos respetivos professores e do pessoal auxiliar.
Aproveitando a presença do secretário regional no plenário, na discussão de um decreto legislativo regional de adaptação à região de medidas nacionais ao nível da segurança contra incêndios em edifícios, o presidente do grupo parlamentar do PS, Miguel Iglésias, criticou o "relaxamento" das medidas contra a covid-19 do Governo Regional (PSD/CDS-PP) na época de Natal e de Fim de Ano, registando-se agora um maior número de casos positivos no arquipélago.
"Decisão tomada pelo Governo Regional de haver festividades da passagem de ano, onde se permitiu que houvesse jantares até à uma hora da manhã em unidades hoteleiras e restaurantes", criticou o parlamentar socialista, acusando o executivo de agora "tomar medidas em cima do joelho".
Em resposta, Pedro Ramos lembrou que as preocupações do Governo Regional quanto à pandemia retrocedem a 16 de março, data em que foi registado o primeiro caso de infeção na região.
O O executivo, disse, atendeu a "uma época muito característica dos madeirenses" e antevia, por isso, "um aumento de casos", mas também confiava na "responsabilidade dos cidadãos, que na maioria cumpriram".
Rejeitando a crítica de "medidas sobre o joelho", Pedro Ramos recordou a dupla testagem no quinto e sétimo dias dos passageiros desembarcados na região e a vacinação já efetuada a 800 profissionais da saúde, e sublinhou que até 01 de fevereiro a região receberá mais 14.625 vacinas, que se juntarão às 9.750 já recebidas, permitindo vacinar 50 mil pessoas.