A secretária da Inclusão e Assuntos Sociais da Madeira anunciou hoje que, até ao final do ano, vão começar as obras de recuperação do lar da Bela Vista, no Funchal, representando um investimento de 400 mil euros.
"Temos previsto, ainda este ano, efetuar no lar da Bela Vista obras de recuperação no valor de 400 mil euros", disse Rubina Leal aos jornalistas no âmbito de uma visita àquele espaço, para apresentar o projeto denominado ‘ginásio multissensorial’.
A governante madeirense sublinhou que aquele imóvel foi construído para ser uma unidade hoteleira e "teve de ser adaptado a um lar", pelo que, devido ao problema do "envelhecimento e mobilidade, tem que ser constantemente adaptado a esta faixa da população".
A responsável adiantou que uma das intervenções necessárias é ao nível das instalações sanitárias.
Rubina Leal salientou que, "enquanto o envelhecimento da população acontecer, haverá sempre falta de lares" na Madeira e defendeu uma mudança de cultura porque, "à semelhança do que acontece nos países desenvolvidos, o local por excelência para as pessoas acabarem os seus dias é na sua habitação".
"Com o envelhecimento da população há sempre pessoas que estão em lista de espera para entrarem numa instituição desta natureza", frisou, sustentando que estes locais devem ser "o último patamar", depois da família e do centro de dia.
A secretária ainda referiu que, nos últimos dois anos do seu mandato, para apoiar a população idosa, houve um "reforço e diversificação do apoio domiciliário e das equipas técnicas" que trabalham nesta área.
Sobre o projeto ‘ginásio multissensorial, explicou tratar-se da constituição de "um núcleo de espaços onde é sobretudo trabalhado tudo o que tem a ver com a parte cognitiva dos utentes" do lar.
"Temos, neste lar, 265 utentes e mais de 30% têm problemas comprovados de demência e tínhamos de trabalhar esta área por uma questão preventiva e para estimular os que já apresentam essa patrologia", reforçou.
Rubina Leal realçou a importância destas pessoas "terem mobilidade e autonomia", acrescentando que este tipo de projetos será extensivo a outros espaços.
LUSA